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» » » » » O amor de Deus encarnado

Para meditar este tema tomemos o discurso de Jesus do Evangelho de João 3,1-36. O texto nos conta que certa vez um fariseu, chamado Nicodemos, encontrou-se às escondidas com Jesus. Naquela ocasião, dentre muitas coisas, o Senhor afirmou: "de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16).
Tão importante revelação nos deixou Jesus a partir desta conversa com Nicodemos. Deus nos amou, amou o mundo e este amor foi-lhe manifestado com a doação, a entrega de Seu Filho único. De fato, como no Antigo Testamento o profeta Isaías já profetizara: “Um menino nos foi dado!” (Is 9,6).
É desta maneira que podemos ver nestes dias que antecedem o Natal do Senhor. Tão grande amor de Deus tem por nós. Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, é para nós o amor de Deus encarnado. Deus é amor, nos dirá o apóstolo João (Cf. I Jo 4, 8) e este Deus de amor encarnou-se no seio daquela menina e fez-se tão pequeno, simples e frágil. Fez-se pequeno, um menino. Deus encarnado, amor encarnado.
Este Deus-amor encarnado foi dado para nos salvar e restaurar nossa comunhão conoscomesmo e entre nós, seu povo. As palavras, gestos e ações de Jesus nos certificam isso, pois são palavras, gestos e ações de amor, compaixão, bondade. Temos aí o que disse o Papa Bento XVI, com Cristo “temos a nova imagem de Deus” (Deus caritas est, 9). Temos a imagem visível do Deus Invisível, temos sua ternura, seu toque, seu amor, seu abraço, sua entrega.
Santo Inácio certa vez meditava que "com a encarnação do Verbo, um modo novo começa, é um começo absoluto", dizia ele. Refletindo com o Santo, meditamos então esta nova forma de Deus se relacionar com os homens através da encarnação. Em Jesus Cristo, o amor de Deus passa da relação abstrata das metáforas e simbologias do Antigo Testamento, como nos mostram muitas vezes os profetas, e passa a ser manifestado nos seus gestos de amor pela humanidade demonstrado nos milagres, nos sinais, nas curas, na compaixão, na Cruz.
Jesus que toca ou é tocado cura por amor, ressuscita os mortos por amor e compaixão, vai ao encontro dos “pecadores” para manifestar-lhes “de tal modo” Deus os amou. O mesmo Jesus que ainda pequeno, em uma manjedoura, resplandece esperança aos corações dos povos e pobres, que ao mesmo tempo manifesta temor aos corações dos poderosos.
Como são importantes estes dias antecedentes ao Natal para que nos deixar alcançar por este amor de Deus por nós e ao mesmo tempo nos deixar levar por este amor a amarmos nossos irmãos e irmãs, deixando gerar assim a fraternidade e comunhão na humanidade inteira, como cantavam os anjos naquela noite: “paz na terra aos homens por Ele amados”.
Prepare-se então para viver esta linda festa...prepare-se pela oração e através dela, deixe-se alcançar pela experiência do amor de Deus encarnado naquele menino na gruta emBelém. Envolvido deste amor… não seja egoísta… compartilhe com aqueles que precisam ser amados por você e sentir de que modo Deus os ama.
Façamos assim este propósito: abra-se ao amor de Deus pela retomada da vida de oração. Envolvido deste amor, empenhe-se na caridade. Sempre tem alguém próximo à nós precisando conhecer, experimentar o amor de Deus. Seja-lhe, portanto, o toque, o abraço, o sorriso, a palavra, a ternura, a bondade de Deus.
O amor encarnou-se para nos amar intensamente. Ele se manifestou de tal modo, provando este amor. Que intensamente, possamos amar uns aos outros, numa verdadeira comunhão fraterna, porque “o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (cf. Rm 5, 5).

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Jefferson Souza
Grupo de Oração Ágape
Diocese de Macapá

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